“Mas eu, quando for levantado da
terra, atrairei todos a mim”
(João 12:32)
Um pedaço de madeira. Um símbolo
conhecido e encontrado no mundo inteiro. No pingente do colar, no para-brisa do
carro, na porta da igreja, no panfleto jogado na calçada, na capa de um livro.
Pegue um livro que conte a história
do mundo até hoje. Você irá percorrer suas páginas e em algum momento você
saberá da cruz. Em alguma página você verá o quanto a idolatraram, e o quando a
desprezaram. Em uma página ela estará coberta de ouro, na outra ela estará
queimada. Em um parágrafo as pessoas dirão que não há motivo para viver senão
por ela, no parágrafo seguinte você verá que essas mesmas pessoas usaram a cruz
e jogaram-na no lixo.
A história e as pessoas fizeram de
tudo com a cruz, menos ignorá-la.
Como ignorar esse marco
constrangedor que repousa nessa linha infinita na história como um lembrete do
motivo de estarmos aqui? Como deixar passar o que nos atrai, nos enche de
esperança e de um questionamento que qualquer pessoa já teve quando olhou para
a cruz:
Por quê?
A páscoa passou e com ela passou
uma maioria que sofreu e lamentou o sofrimento e a morte de Cristo. Enquanto eu
via as imagens dos diversos filmes que passaram durante todo o feriado
mostrando a vida de Cristo, as músicas que tocavam e as cantatas que
realizavam, eu lamentei por tantas pessoas acharem que realmente os soldados
romanos maltrataram Jesus por escolha própria.
Quando você abre a Bíblia, você cai
num poço profundo de águas cristalinas, e se afoga em tamanha graça que já não
é possível viver dessa forma rasa como a maioria dos cristãos no Brasil vive.
A mão que segurou o martelo, as
mãos que o açoitaram, as mãos que confeccionaram a coroa de espinhos, as mãos
que colocaram a coroa, as vozes que ecoavam “Crucifica-o”, a decisão da crucificação
e as mãos que jogaram a cruz nas costas do Cristo não foram as mãos e não foram
as vozes de romanos e judeus enciumados e odiosos. Foi Cristo.
Se o soldado tivesse pestanejado no
momento de pregar os cravos, Jesus o faria. Você não entende? A decisão de
morrer por você não foi dos judeus, dos romanos... A escolha foi de Cristo! Ele
se decidiu por você.
O que você acha que ele fez quando
recebeu um anjo consolador como resposta da sua oração cheia de aflição pedindo
que o Pai passasse dele aquele cálice? Ele não conseguiu suportar a ideia de
uma eternidade sem você. Ele decidiu por você. Dessa forma, já não existe
condenação para quem está Nele.
Foi o próprio Jesus que o açoitou,
que cravou os espinhos, que segurou o martelo.
E você aí, achando que Ele não se
importa com você.
A cruz é o centro do evangelho, da
vida, do mundo. E nem eu, nem você, nem ninguém pode negar isso. Não porque a
gente não quer ou que alguém nos obrigue a reconhecê-la, mas porque ninguém
consegue passar por ela despercebido.
Até quarta, gente!
May Freire
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