Escribas e fariseus foram pedir da parte de Cristo um sinal.
Um sinal de que Ele era o Messias. Mas Jesus surpreendeu quando respondeu:
- Uma geração má e adúltera pede um sinal, porém não se lhe
dará outro sinal senão o do profeta Jonas, pois, como Jonas esteve três dias e
três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem três dias e três
noites no seio da terra.
(Mateus 12: 38 ao 40)
Quando Jesus se fez carne e habitou entre nós, realizou muitos
milagres. Milagres que nem o mundo todo poderia conter os livros que se
escrevessem. (João 21:25)
Ele realizou milagres para mostrar que era o Filho do Deus
vivo, o Messias a quem todos esperavam. Jesus não realizava milagres para que
alguém o seguisse, para que alguém o aceitasse. Porque o maior sinal que
precisamos para seguir Cristo nunca foi e nem será os milagres que Ele
realizou.
Eu cometi o erro que muitas pessoas cometem desde que Cristo
dividiu a história ao meio, e que continuarão cometendo. Eu colocava condições
para Deus: o Senhor me dá isso, e eu faço isso. O Senhor me cura, e eu te sigo
pra sempre. O Senhor me alegra, e eu evangelizo.
Sabe quando o Senhor cumpriu um desses acordos que eu propus?
Nunca.
O antigo testamento é a prova de que o ser humano é incapaz
de cumprir um acordo com Deus. E as pessoas insistem nesse relacionamento
condicional, como se o sinal que nós precisamos para seguir Cristo é um carro
zero, uma cura, um casamento, o mar se abrindo ao meio, a água saindo da pedra,
o maná do céu.
É muito comum encontrarmos pessoas na igreja que mais
valorizam as histórias de Jacó, Salomão, José, Daniel e outros, do que a
história de Cristo. Cristo é mais que Salomão. Cristo é mais que Jacó. Cristo é
mais que José. Cristo é mais que você. Cristo é mais que a sua dor. Cristo é
mais que tudo.
“Eu agrado Ele, Ele me abençoa. É um ciclo.” Foi esse ciclo
que me enclausurou num evangelho mentiroso e ativista.
Eu carreguei por anos um trauma, uma ferida que não sarava
nunca. Cheguei ao ponto de culpar a Deus e todas as obras que Ele deveria ter
feito por mim simplesmente porque era o sinal que eu precisava para acreditar
que Ele me amou, que Ele me ama e continuará me amando.
Passei quatro longos anos pensando “Eu mereço um sinal.
Mereço uma benção extraordinária para acreditar que enquanto essa ferida se
formava, Ele estava comigo. Porque, sinceramente, não O sinto desde aquele
dia.”
Passei quatro longos anos ouvindo blá blá blá durante os
cultos, cantando blá blá blá, ministrando blá blá blá. Eu servia a mim mesma.
Servia a mim e a minha ferida. Evitava olhar para a ferida e me permitir a
cura, ao contrário, eu me feria mais ainda declarando o abandono completo de
Deus por mim.
Finalmente, permiti que Deus me mostrasse o tão esperado
sinal. É lógico que eu esperava o que a maioria dos cristãos espera: um milagre
extraordinário para que eu o seguisse pra sempre. Mas eu encontrei algo muito
maior.
Ele segurou minha mão e me levou até o local da crucificação.
Lá eu O vi crucificado, ensanguentado, desfigurado. Os braços estavam abertos,
as mãos pregadas. Eu já tinha visto aquela cena outras mil vezes. Foi aí que
Ele soltou a minha mão, e a cruz ficou vazia. Não havia ninguém lá.
Agora Ele estava ao meu lado, com os braços abertos. Passados
mais de dois mil anos, e os braços Dele continuam abertos.
Quem precisa de milagres quando se tem o Cristo de braços
abertos pra você?
Quem precisa de respostas quando se tem o Cristo de braços
abertos pra você?
Como eu fui cega ao ponto de não entender que a ressurreição
de Cristo sempre foi o suficiente para que eu O seguisse? Para que Ele me
curasse?
Não são os milagres, os feitos extraordinários que me trazem
para perto de Cristo. É a ressurreição, a Sua morte que me trouxe a vida.
Quando Cristo te faz entender que a Sua morte e ressurreição
é maior que qualquer outra coisa, podemos olhar nos olhos do problema e fazer
cara de solução. Olhar nos olhos da ferida e fazer cara de cura.
Pois o entendimento de que Cristo é o Messias e sua história
é maior que qualquer outra história nos traz a cura, o perdão, o arrependimento
e o Seu amor que lança fora o medo e nos faz outra pessoa.
Eu precisei de muitos anos pra entender o real propósito e
motivo de seguir a Cristo, e ainda estou aprendendo a cada dia, e quero
continuar prosseguindo nesse conhecimento.
Não tenho noção do tamanho de Cristo, o que eu sei é que Ele
pode resolver qualquer coisa, porque crer em Cristo é orar sem olhar para a
situação. É encarar o seu trauma, encarar a sua dor, olhar o capeta nos olhos e
deixar que ele veja Cristo em você.
O capeta me olhou nos olhos durante anos e enxergou a Mayara
traumatizada, medrosa e frágil. Ele voltou a me olhar nos olhos essa semana e
enxergou Cristo e nada mais.
Se ele te olhar nos olhos hoje, quem ele vai enxergar? Cristo
ou você e todos os seus medos e traumas e melecas?
Deixe Cristo morrer e ressuscitar por você! Deixe que Ele
leve as suas dores no calvário e permita a cura e o amor e a graça e o perdão e
o arrependimento invadir seu coração e te trazer uma vida nova e completamente
diferente.
Deixe Cristo te curar como curou a mim.
“A morte me olhou nos olhos e eu fiz cara de ressurreição.”
(Ed René Kivitz)
Até quinta, meu povo!
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