Perdemos a arte de adorar ao Senhor. A nossa adoração ficou
tão misturada a uma torrente interminável de palavras rasas e insinceras que
tudo que fazemos na maior parte do tempo é “preencher espaços” ou “criar um
tempo de oração” como um monólogo sem paixão que até próprio Deus ignora.
Alguns de nós vamos até Ele presos a fardos tão pesados que
estamos frustrados e distraídos demais para vermos o Pai ou entendermos o
quanto Ele nos ama.
Hoje eu sei que Deus quer nos colocar no colo, para que
venhamos descansar nEle, mas frequentemente vamos até Ele no fim do dia e o
“adoramos” com movimentos pré-fabricados e palavras decoradas. Permanecemos na
sua presença apenas o tempo suficiente para dizer uma série de palavras
decoradas e entregar nossa lista de pedidos. Então, pulamos de seu colo para
continuar com a correria das nossas vidas frustradas. Parece que nunca
encontramos esse lugar de perfeita paz.
O que Deus quer que simplesmente olhemos para Ele. Nós
podemos e devemos dizer a Ele o que sentimos, mas o que Ele realmente está
esperando é a nossa mais íntima adoração, o tipo de adoração que transcende
meras palavras ou atitudes externas. Ele colocou diante de você uma porta
aberta, mas você terá de ficar face a face com Ele. Você não pode entrar de
costas pela porta da eternidade, você tem de entrar nela de frente. Você terá
de parar de olhar e ouvir outras coisas. Ele está chamando você para “subir até
aqui”, e Ele lhe mostrará as “coisas que devem acontecer” . Isto deve trazer
paz a um filho cansado.
Não podemos correr o risco de nos deixar levar por nosso
“intelecto racional”, porque podemos acabar tentando racionalizar os propósitos
de Deus.
Verdadeira adoração é quando você deixa de lado toda
distração e concentra seu corpo, alma e espírito em Deus. Quando sua presença
se torna tão forte que você se esquece de tudo e de todos à sua volta, então
seu coração ficará permanentemente paralisado de amor, assim como a perna de
Jacó ficou coxeando.
A “Galeria da Fama” do céu está cheia de nomes de ilustres
desconhecidos, como o leproso que voltou para agradecer a Deus enquanto outros
nove não se incomodaram. Ela estará cheia de nomes de pessoas que tocaram de
tal maneira o coração e a mente de Deus que Ele diz: “Eu me lembro de você. Sei
coisas a seu respeito. Muito bem, meu servo bom e fiel.”
Enquanto isso, agimos em nossos cultos como filhos ingratos
exigindo a nossa “mesada bíblica” e as nossas bênçãos. Buscamos religiosamente
a mão de Deus, mas não sabemos nada sobre buscar a face de Deus e clamar: “Eu
só quero a Ti.”
AME GERAL !
Tiago Lima
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